Soltem-me, pedia Yoani

... Vão ter de escutar Porque se algo tenho é a palavra para falar Yoani Sanchez Uma jovem mulher de Cuba que sofreu violência institucional. Quantas de nós aqui também no Brasil sofreram de violência policial! ...
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"As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida"

Maria da Penha

sábado, novembro 01, 2008

16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher",

O anúncio do lançamento da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher", no Senado, no dia 17 de novembro, foi feito nesta sexta-feira (17) pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), em pronunciamento da tribuna. A senadora lembrou tratar-se de uma campanha mundial, que completa, em 2008, 18 anos de existência.

Serys informou ainda que, em comemoração ao Dia Internacional para o Fim da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, Senado e Câmara realizarão sessão solene conjunta no dia 27 do mesmo mês, às 10h, no Plenário da Câmara.

- Uma atitude como essa pode, sim, fazer a diferença na vida da mulher que sofre violência das mais variadas formas - afirmou a senadora, que conclamou todos os parlamentares a se envolverem com o evento.

Serys também ressaltou, em seu pronunciamento, dados da pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) há um mês, e que está na sua terceira edição. Entre os resultados apontados no relatório final, Serys destacou o aumento do número de famílias brasileiras chefiadas por mulheres; o fato de as mulheres estarem alcançando índices de escolaridade mais altos do que o dos homens e ainda o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho.

- O que pareceria um avanço acaba se mostrando um tiro pela culatra para as mulheres, forçadas a sustentar suas famílias, submetidas, muitas vezes, à dupla jornada de emprego e trabalho doméstico, mas tolhidas em suas possibilidades de competição por espaço no mercado de trabalho, recebendo menos por empregos menos valorizados - ressaltou.

Para Serys, a desigualdade entre gêneros é, hoje, o grande problema político a ser resolvido.

- Este é o nosso desafio: criar uma sociedade não apenas livre, mas igual. Muitas gerações de mulheres já foram sacrificadas por essa situação de desigualdade. Sonho com o dia em que essa situação só será um capítulo nos livros de História, que leremos com a satisfação de quem deixou o pior para trás - concluiu a parlamentar.

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Valéria Castanho / Agência Senado