Soltem-me, pedia Yoani

... Vão ter de escutar Porque se algo tenho é a palavra para falar Yoani Sanchez Uma jovem mulher de Cuba que sofreu violência institucional. Quantas de nós aqui também no Brasil sofreram de violência policial! ...
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"As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida"

Maria da Penha

segunda-feira, abril 06, 2009

Homens de verdade não oprimem nem violam mulheres".

Brasil sedia Simpósio Global para debater o envolvimento dos homens na promoção da igualdade de gênero

O Simpósio Global Engajando Homens e Meninos pela Eqüidade de Gênero, que vai até sexta-feira, visa acabar com estereótipos de masculinidade, que contribuem para a violência contra as mulheres, e promover discussões sobre paternidade, saúde e violência

Cerca de 450 representantes de governos, ativistas, pesquisadores, universidades e sociedade civil de mais de 70 países se reúnem nesta semana, no Rio de Janeiro, para discutir como envolver homens na promoção da eqüidade de gênero. O Simpósio Global Engajando Homens e Meninos pela Eqüidade de Gênero, realizado por organizações não-governamentais de diversos países, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), foi aberto nessa segunda-feira (30/03) com a presença de diretoras do sistema ONU e da ministra da SPM, Nilcéa Freire.

A idéia de discutir o envolvimento dos homens na promoção da eqüidade de gênero é tentar acabar com estereótipos de masculinidade, que contribuem para a violência contra as mulheres, e promover discussões sobre paternidade, saúde e violência.

Na abertura, a ministra da SPM, Nilcéa Freire, disse que a desigualdade faz muito mal ao desenvolvimento dos povos. "Se queremos um desenvolvimento realmente sustentável, temos que trabalhar, temos que lutar cotidianamente pela igualdade. É uma preocupação hoje de estados, governos e sociedade, mas que tem que ser traduzida em compromissos e em ações", disse a ministra.

Para a diretora executiva do Unifem, Inés Alberdi, a luta para erradicar a violência de gênero tem sido liderada, em grande parte, por mulheres, enquanto os homens têm sido excluídos do processo. Hoje, segundo ela, não se pode mais trabalhar apenas dessa forma. Segundo a diretora executiva adjunta do UNFPA, Purnima Mane, o desafio do simpósio é fazer com que as propostas convençam homens e meninos a contribuir com a eqüidade de gênero. Esse encontro é singular na história da humanidade!" Proclamou a representante do UNFPA no Brasil, Alanna Armitage, em seu discurso de abertura.

Na ocasião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou mensagem aos participantes do evento sobre a campanha "Unidos pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas" e o papel da sociedade para a igualdade de gênero. "Nenhum país, nenhuma cultura foge dessa política. A violência contra mulheres e meninas é a forma mais odiosa de violência", apontou Ban Ki-moon. E conclamou: "Homens de verdade não oprimem nem violam mulheres".

A cerimônia também contou com o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para HIV e Aids (Unaids), Michel Sidibé, a representante do Departamento de Gênero, Mulheres e Saúde (WHO), de Genebra, Peju Olukoya ,a coordenadora-residente da ONU no Brasil, Kim Bolduc, o Embaixador do Canadá no Brasil Paul Hunt, além de representantes de diversas organizações da sociedade civil espalhadas pelo mundo.
Até sexta-feira (03/04) gestores, ativistas sociais e pesquisadores vão participar, no Hotel Intercontinental, de debates e grupos de trabalho, com o objetivo de desenvolver propostas de políticas públicas que serão reunidas em um documento e entregues a governos de diversos países.

SPM