Soltem-me, pedia Yoani

... Vão ter de escutar Porque se algo tenho é a palavra para falar Yoani Sanchez Uma jovem mulher de Cuba que sofreu violência institucional. Quantas de nós aqui também no Brasil sofreram de violência policial! ...
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"As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida"

Maria da Penha

quinta-feira, março 12, 2009

Uma questão de Constituição

Com a presença do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o Seminário "Mais Mulheres no Poder: uma Questão da Democracia" foi realizado nesta segunda-feira (09-03) em Brasília. A Senadora Serys Slhessarenko foi uma das homenageadas com o "Prêmio Mais Mulheres", que é uma condecoração a diferentes mulheres que ocupam espaços de poder e decisão e se destacam em suas áreas de atuação.

 

Também estavam presentes na cerimônia a Ministra da Secretaria Especial para as Mulheres, Nilcéia Freire, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, a deputada federal, Sandra Rosado, a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, a diretora regional para a América Latina e Caribe do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Gladys Acosta e outras presenças ilustres.

 

"Estou honrada com esta homenagem e sei que represento muitas mulheres do Brasil. Nós, mulheres, precisamos conquistar a igualdade de direitos com a participação dos companheiros homens nesta construção. Não podemos admitir que mulheres firmes, determinadas e competentes sejam tituladas como mulheres duras. Por isso, concordo com a frase da Ministra Dilma quando ela disse 'sou uma mulher dura, cercada de homens meigos e suaves'", disse Serys.

 

Durante a solenidade, Lula informou que irá transformar a Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres em Ministério, garantindo a liberdade orçamentária, ajudando na elaboração e na execução das políticas públicas. Além disso, ressaltou a Lei Maria da Penha. "Obviamente que a lei, por si só, não vai resolver todos os problemas, porque tem uma questão cultural, tem uma questão de medo, uma questão de falta de proteção ou de garantia. Muitas vezes, as pessoas têm medo de denunciar. A lei vai sendo executada corretamente na medida em que as pessoas vão tendo consciência de que podem se valer daquele instrumento jurídico para se autodefender", disse Lula.

 

O presidente também ressaltou a presença das mulheres na política. Apenas nove Senadoras e 46 Deputadas Federais. "Na última reunião dos prefeitos, de quase seis mil prefeitos, apenas 9% eram mulheres. Tem problemas de ordem cultural, secular, milenar, que nós vamos ter que resolver. E vai resolver no debate político, quando todos os governos do mundo tiverem coragem de criar um Ministério para a mulher, quando as pessoas tiverem coragem de não ter medo de as mulheres se organizarem, esse é o desafio!"

 

Lula parabenizou todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. "Quando eu deixar a Presidência, eu terei como legado a honra de poder dizer: no meu governo as mulheres subiram um degrau a mais na conquista dos seus direitos e da sua liberdade", finalizou.

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