Soltem-me, pedia Yoani

... Vão ter de escutar Porque se algo tenho é a palavra para falar Yoani Sanchez Uma jovem mulher de Cuba que sofreu violência institucional. Quantas de nós aqui também no Brasil sofreram de violência policial! ...
...
"As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida"

Maria da Penha

sábado, fevereiro 07, 2009

SPM realiza primeira reunião de pactuação do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero

SPM realiza primeira reunião de pactuação do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero
05/02/2009
Previsto no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, observatório brasileiro fomenta levantamento de dados, produção e análise de indicadores e estudos sobre gênero e mulheres

O primeiro passo para a constituição de parcerias do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero será dado na próxima semana, quando acontecerá a primeira reunião de pactuação entre a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e instituições governamentais e não-governamentais, universidades e agências internacionais.

O encontro a ser inaugurado pela ministra Nilcéa Freire, da SPM, na segunda-feira (9/2) às 9h, em Brasília, pretende apresentar a proposta do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e estabelecer um debate teórico-conceitual acerca das atividades do Observatório. A reunião de pactuação, que se estende até o dia 10, será conduzida pela subsecretária de Planejamento, Lourdes Bandeira, e pela consultora do Observatório Nina Madsen.

Com previsão de lançamento durante as comemorações do 8 de Março - Dia Internacional da Mulher-, o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero visa a ser uma ferramenta para a formulação e o aperfeiçoamento de políticas públicas com foco em gênero nas esferas federal, estadual e municipal. A iniciativa, estabelecida no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (II PNPM), objetiva também ampliar o controle social das políticas públicas com enfoque de gênero, além de expandir o diálogo regional e internacional.

O projeto está baseado em quatro áreas de atuação: produção e análise de indicadores sociais, políticas públicas, legislação e legislativo e comunicação e mídia. Esses eixos vão possibilitar o monitoramento e a análise das políticas públicas para redução das desigualdades de gênero, construção e monitoramento de indicadores de gênero, monitoramento da mídia sobre os temas mulheres e gênero e acompanhamento da participação do Brasil em instâncias internacionais de promoção dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero.

Geração de dados e informações
A instalação do observatório brasileiro se inspira no Observatório de Igualdade de Gênero para América Latina e Caribe criado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) como estratégia de disseminação de informações acerca das desigualdades de gênero e dos direitos das mulheres e de promoção da acessibilidade a dados e análises capazes de subsidiar o processo de formulação e implementação de políticas públicas com perspectiva de gênero.  

A criação de observatórios de políticas públicas é uma prática que vem se multiplicando no mundo inteiro desde os anos 1990. Trata-se de um instrumento de monitoramento e aferição das políticas públicas impulsionadas por acordos e objetivos comuns internacionais para o combate à pobreza e às desigualdades no mundo.